O tabagismo mata, anualmente, cerca de 8 milhões de pessoas

Todos os anos, o cigarro mata mais de 8 milhões de pessoas em todo o mundo, entre fumantes passivos e incluindo também 1,3 milhões expostos ao fumo passivamente. Considerado uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é uma das maiores ameaças à saúde pública.

De acordo com a OMS, cerca de 8 milhões de pessoas morrem anualmente por doenças provocadas pelo cigarro. Além das doenças pulmonares e cardiovasculares, há mais uma infinidade delas ligadas diretamente ao consumo do tabaco, como diversos tipos de câncer, impotência sexual, infertilidade, doenças reumáticas, alterações cognitivas e de visão, problemas gestacionais.

Compreender e se conscientizar sobre tantos malefícios e prejuízos à saúde pode até não parecer tão difícil, mas para a grande maioria dos fumantes pode ser um abismo até que o desejo de parar de fumar se concretize. Afinal, o tabagismo não é simplesmente um hábito, mas sim uma doença crônica, causada por uma dependência química, e que requer aconselhamento, ajuda e tratamento médico em grande parte dos casos.

O médico pneumologista pode ajudar a tratar as doenças causadas pelo cigarro, e está entre os principais pilares para cessar o tabagismo, mas a prevenção é a melhor forma de cuidado. Buscar ajuda profissional para indicar aconselhamento e tratamento é um caminho eficaz para se proteger contra os malefícios do cigarro.

A orientação médica e de profissionais especializados é fundamental para compreender o quadro clínico, traçar o tratamento adequado e fazer todo o acompanhamento ao paciente. A ajuda médica pode atuar nas orientações de redução e interrupção do vício e do controle da abstinência, por meio de terapias de reposição de nicotina e/ ou medicações que atuem nos aspectos emocionais, como a ansiedade. Outros profissionais, como psicoterapeutas constituem o pilar para a luta contra o tabagismo.

Cessar a dependência pela nicotina pode parecer uma missão impossível, mas a partir de uma conscientização e estímulo de busca por auxílio especializado e profissional, o desafio pode ser vencido.

Dra. Ana Luiza Panico.

Pneumologista - Hospital Sírio-Libanês, São Paulo - SP.