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Os Desafios Respiratórios Durante a Gravidez: Como Proteger a Saúde Pulmonar da Mãe e do Bebê


Os Desafios Respiratórios Durante a Gravidez: Como Proteger a Saúde Pulmonar da Mãe e do Bebê
Os Desafios Respiratórios Durante a Gravidez: Como Proteger a Saúde Pulmonar da Mãe e do Bebê

A gravidez é um período de mudanças significativas no corpo da mulher, incluindo o sistema respiratório. Muitas gestantes experimentam sintomas respiratórios, e nestes casos, é fundamental que obstetras, pneumologistas ou outros profissionais de saúde estejam bem preparados para avaliar e tratar esses sintomas de forma adequada. Problemas respiratórios podem ter múltiplas causas, que muitas vezes se sobrepõem, como anemia ou infecção, podendo predispor a condições mais graves, como a embolia pulmonar. A busca por aconselhamento especializado é essencial quando os sintomas persistem ou se agravam.

 

Adaptações da Fisiologia Respiratória Materna à Gravidez


Durante a gravidez, ocorrem mudanças fisiológicas significativas no corpo da mulher para atender às demandas do feto em crescimento e preservar a saúde da mãe. No sistema respiratório, a mãe aumenta a quantidade de ar que respira, na tentativa de otimizar a quantidade de oxigênio do corpo. O consumo basal de oxigênio aumenta cerca de 25% no termo em relação aos valores pré-gravidez.

 

O principal fator para o aumento da ventilação é o volume corrente aumentado (cerca de 40%) e da frequencia respiratória ( cerca de 15%), facilitado por mudanças na configuração da parede torácica e pelo relaxamento da musculatura brônquica, estimulados pela progesterona.

 

Falta de Ar Durante a Gravidez


A falta de ar é um sintoma comum na gravidez e pode ter diversas causas. Mudanças fisiológicas, como o aumento da ventilação, podem causar essa sensação. No entanto, é essencial considerar outras causas possíveis, especialmente se a falta de ar surgir subitamente ou em uma fase tardia da gravidez.

Causas patológicas de falta de ar incluem problemas cardíacos e metabólicos.

É fundamental realizar uma investigação detalhada para descartar condições como anemia, tromboembolismo venoso e doenças cardíacas, que podem se manifestar ou piorar durante a gravidez.

 

Investigação de Tromboembolismo Venoso


O tromboembolismo venoso é uma causa significativa de falta de ar na gravidez. A avaliação inclui exame das pernas para descartar trombose venosa profunda (TVP) com ultrassom Doppler. A ausência de TVP nas pernas não exclui embolia pulmonar, especialmente se houver sintomas de alto risco como dor torácica pleurítica ou taquicardia sem outra causa evidente.

 

Anemia e Falta de Ar


A anemia é a complicação mais comum da gravidez e frequentemente contribui para a falta de ar. É essencial testar os níveis de hemoglobina materna e tratar a anemia de forma proativa, utilizando ferro oral ou intravenoso conforme a necessidade. A correção da anemia pode melhorar significativamente a capacidade de transporte de oxigênio e aliviar os sintomas de falta de ar.

 

Tosse Durante a Gravidez


A tosse é outro sintoma inespecífico e comum na gravidez. Pode ser causada por infecções virais, bronquite aguda ou refluxo gastroesofágico (DRGE). A vacinação contra infecções respiratórias como gripe e COVID-19 é recomendada durante a gravidez para proteger a mãe e o bebê.

 

Infecções respiratórias superiores, exacerbadas pelo edema fisiológico das vias aéreas, requerem cuidados de suporte, enquanto complicações como pneumonia bacteriana exigem tratamento antibiótico direcionado. A radiografia de tórax é essencial para o diagnóstico, e um tratamento antibiótico precoce é crucial.

 

Chiado e Asma


A asma é uma doença respiratória comum que pode se agravar durante a gravidez. É importante monitorar o controle da asma, especialmente se houver histórico de exacerbações graves. A terapia para asma, incluindo esteróides orais e inalados, é segura durante a gravidez e deve ser mantida para evitar complicações perinatais.

 

Dor no Peito na Gravidez


A dor no peito durante a gravidez pode ter várias causas, incluindo embolia pulmonar, isquemia cardíaca e dissecção aórtica. Cada causa requer uma avaliação cuidadosa e específica. A dor torácica pleurítica, é mais frequente e deve levantar suspeitas de embolia pulmonar ou pneumonia, enquanto a dor torácica isquêmica  costuma ser uma causa mais rara.

 

A avaliação e o manejo dos sintomas respiratórios durante a gravidez são fundamentais para proteger a saúde da mãe e do bebê. Profissionais de saúde devem estar atentos às mudanças fisiológicas e às possíveis causas patológicas desses sintomas. A abordagem cuidadosa e a investigação adequada podem prevenir complicações graves e garantir uma gravidez mais segura. A colaboração com especialistas em medicina materna e pneumologistas é fundamental em casos complexos ou graves, garantindo o melhor cuidado possível para as gestantes.

 

Os desafios respiratórios durante a gravidez podem ser complexos, mas com uma avaliação cuidadosa, é possível proteger a saúde respiratória da mãe e do bebê, promovendo uma gestação saudável e segura.

 

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